Quem se lembra do fim da década de 90, quando os alimentos modificados geneticamente estavam constantemente sendo mostrados e discutidos nos grandes jornais, revistas, e até nos programas de meio de tarde no Brasil?
Nas escolas, o tema era muito trabalhado com os alunos, já que era um assunto polêmico e amplamente discutido e mostrado (eu pelo menos tive mais do que um trabalho quando ainda estava no colégio, isso em 1999, em que tive que pesquisar o que eles eram, os países que já o adotavam, seus prós e seus contras, assim como muitos de meus colegas).
Isso tudo porque os professores queriam integrar ao conteúdo programático do ano letivo um assunto sobre o qual se falava a todo momento na grande mídia, e assim, despertar em nós alunos a compreensão e o interesse em acompanhar todas as notícias relacionadas ao assunto que, à época, ainda tinha seu futuro e suas diretrizes indefinidos.
Quase dez anos depois, será que alguém sabe me dizer, com toda segurança do mundo, se estamos ou não consumindo alimentos transgênicos? Ou melhor, afirmar, sem chances de erros, quais deles têm genes modificados?
É certo que importamos produtos alimentícios de várias partes do mundo em que a produção transgênica é praticada, como é o caso de importações vindas dos Estados Unidos e da Argentina, por exemplo. Isso pode nos dar a impressão de que então ingerimos sim esse tipo de alimentação, afinal, acreditamos nisso pelo fato de esses países produzirem este tipo de alimentos.
Segundo declaração de Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace, ao site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), publicada em 11 de outubro de 2006, em 2005 foi aprovada a soja transgênica no Brasil, apesar de não haver uma mobilização nem por parte do governo e nem por parte das empresas para colocar os rótulos com a informação da mudança genética no produto.
Toda essa discussão, que ainda existe apesar da aparente aminésia da grande mídia em relação ao assunto, provém do caráter ético do uso e da venda desses produtos. Os estudos científicos ainda não conseguem atestar que eles não são prejudiciais à saúde humana. E sem leis que estabeleçam um parâmetro muito certeiro quanto às decisões que devem (e precisam) ser tomadas no que diz respeito a esses alimentos, essa discussão intensifica-se mais e mais.
No site da Folha, por exemplo, ao digitar-se no espaço “Busca” as palavras “alimentos transgênicos” e levando em consideração apenas as publicações de 2007, ao todo 11 matérias foram publicadas. 5 delas repetem assuntos já explorados em matéria anterior, sem acréscimo algum de informações relativas ao tema em questão.
O jornalista Maurício Tuffani, em artigo publicado no site http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1 , reforça essa idéia de que a grande mídia brasileira tem estado distante de noticiar importantes informações relacionadas aos transgênicos, para que toda a sociedade possa manter um debate sobre o assunto.
Aliás... o tempo inteiro usei o termo mutação genética ou expressões parecidas para falar sobre os alimentos transgênicos. Só queria deixar o registro aqui nesse blog que o que pode designar um alimento transgênico é se ele recebeu um ou mais genes de outro organismo.
Enquanto a grande mídia não mais nos atinge com um assunto de extrema importância para a vida de cada um de nós, deixo aqui sites onde mais informações de relevância podem ser obtidas. Mas peço encarecidamente ao leitor que não se limite apenas às minhas dicas, procurem por si próprios informações sobre os transgênicos. Sua alimentação dia-a-dia está em jogo.
http://www.rampadeacesso.com/ser/sau/transgenicos_bacsoja.htm
http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1
http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=alimentos&CurrentPage=0&LibDocID=3833#O%20Brasil%20e%20os%20Transg%EAnicos
http://www.terradedireitos.org.br/index.php?pg=conteudo&tema=2&conteudo_id=139&tipo=2
http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/cidadao/alimentostrans.htm
Elena Oliveira posta todos os sábados na coluna Brasil
Nas escolas, o tema era muito trabalhado com os alunos, já que era um assunto polêmico e amplamente discutido e mostrado (eu pelo menos tive mais do que um trabalho quando ainda estava no colégio, isso em 1999, em que tive que pesquisar o que eles eram, os países que já o adotavam, seus prós e seus contras, assim como muitos de meus colegas).
Isso tudo porque os professores queriam integrar ao conteúdo programático do ano letivo um assunto sobre o qual se falava a todo momento na grande mídia, e assim, despertar em nós alunos a compreensão e o interesse em acompanhar todas as notícias relacionadas ao assunto que, à época, ainda tinha seu futuro e suas diretrizes indefinidos.
Quase dez anos depois, será que alguém sabe me dizer, com toda segurança do mundo, se estamos ou não consumindo alimentos transgênicos? Ou melhor, afirmar, sem chances de erros, quais deles têm genes modificados?
É certo que importamos produtos alimentícios de várias partes do mundo em que a produção transgênica é praticada, como é o caso de importações vindas dos Estados Unidos e da Argentina, por exemplo. Isso pode nos dar a impressão de que então ingerimos sim esse tipo de alimentação, afinal, acreditamos nisso pelo fato de esses países produzirem este tipo de alimentos.
Segundo declaração de Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace, ao site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), publicada em 11 de outubro de 2006, em 2005 foi aprovada a soja transgênica no Brasil, apesar de não haver uma mobilização nem por parte do governo e nem por parte das empresas para colocar os rótulos com a informação da mudança genética no produto.
Toda essa discussão, que ainda existe apesar da aparente aminésia da grande mídia em relação ao assunto, provém do caráter ético do uso e da venda desses produtos. Os estudos científicos ainda não conseguem atestar que eles não são prejudiciais à saúde humana. E sem leis que estabeleçam um parâmetro muito certeiro quanto às decisões que devem (e precisam) ser tomadas no que diz respeito a esses alimentos, essa discussão intensifica-se mais e mais.
No site da Folha, por exemplo, ao digitar-se no espaço “Busca” as palavras “alimentos transgênicos” e levando em consideração apenas as publicações de 2007, ao todo 11 matérias foram publicadas. 5 delas repetem assuntos já explorados em matéria anterior, sem acréscimo algum de informações relativas ao tema em questão.
O jornalista Maurício Tuffani, em artigo publicado no site http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1 , reforça essa idéia de que a grande mídia brasileira tem estado distante de noticiar importantes informações relacionadas aos transgênicos, para que toda a sociedade possa manter um debate sobre o assunto.
Aliás... o tempo inteiro usei o termo mutação genética ou expressões parecidas para falar sobre os alimentos transgênicos. Só queria deixar o registro aqui nesse blog que o que pode designar um alimento transgênico é se ele recebeu um ou mais genes de outro organismo.
Enquanto a grande mídia não mais nos atinge com um assunto de extrema importância para a vida de cada um de nós, deixo aqui sites onde mais informações de relevância podem ser obtidas. Mas peço encarecidamente ao leitor que não se limite apenas às minhas dicas, procurem por si próprios informações sobre os transgênicos. Sua alimentação dia-a-dia está em jogo.
http://www.rampadeacesso.com/ser/sau/transgenicos_bacsoja.htm
http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1
http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=alimentos&CurrentPage=0&LibDocID=3833#O%20Brasil%20e%20os%20Transg%EAnicos
http://www.terradedireitos.org.br/index.php?pg=conteudo&tema=2&conteudo_id=139&tipo=2
http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/cidadao/alimentostrans.htm
Elena Oliveira posta todos os sábados na coluna Brasil
Um comentário:
Elena, em respeito aos seus 64 minutos diante da tela desse blog, estou aqui...
li o texto td...e acho q somos enganados o tempo td...
p.s.por isso q como no Mac...
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