quinta-feira, 7 de junho de 2007

Quitutes milenares

Quem já teve o prazer de conviver com árabes, ou descendentes, sabe que para eles comer é uma festa, e não há festa sem muita fartura, muita qualidade, muito sabor!!!

Rica em especiarias, grãos, frutas e legumes, é uma cultura milenar que influenciou a gastronomia de outros povos, principalmente na Europa. Hoje, mesmo utilizando ingredientes originários da região, não conhecemos muito bem todos os seus sabores.

Alguns quitutes são famosos, até se incorporaram ao nosso fast food, como Quibe, Esfiha, Beirute...Aliás, nunca entendi porque o pão é Sírio e Beirute é a capital do Líbano? Alguém explica?

Brincadeiras a parte, são desses países, da culinária Sírio-libanesa, que vieram a maioria dos pratos apreciados no Brasil. Os melhores restaurantes são de descendentes desse povo que chegaram aqui fugindo das constantes guerras na região.

Triste realidade, bom para nós que pudemos conhecer um pouco mais, e desfrutar de iguarias como charutos de folha de uva (arroz com carne moída e especiarias, enrolado na folha de uva), Falafel (“bolinhos” basicamente de grão de bico, servidos com salada, e/ou enrolados no pão sírio), Xixi Barac (pasteizinhos recheados de carne em uma “sopa” de coalhada, servido com arroz sírio), Quibe cru (servido com um molho de hortelã e azeite, e cebola a gosto, pra comer com pão sírio), além de grãos raros como o Snoubar (Pinhões característicos do Mediterrâneo), usados em ocasiões festivas nos recheios e decorações de pratos, o Záhtar (um tipo de especiaria), sem contar os antepastos, as saladas, os doces (o de damasco é sensacional) e muito mais. Uma infinidade de pratos e sabores, nem sempre libaneses ou sírios, mas que eles aprenderam com outros povos, como os Egípcios, e acionaram a cultura.

Vale a pena mergulhar um pouco nessa gastronomia, que é tão antiga e acolhedora. Vale a pena apreciar uma cultura onde comer bem é um ritual, faz parte da própria existência.

Para conhecer um pouco mais, em São Paulo temos os restaurantes Folha de Uva e Alamanara, os mais famosos (o preço é meio salgado), além de restaurantes mais simples, porém mais caseiros, encontrados no centro, na região da 25 de março por exemplo. Em Belo Horizonte, temos o Vila Arábia, e o K-Bab, do mesmo dono, sendo este ultimo é mais abrasileirado. Experimente!

Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia e essa semana já está em clima de férias, mas faz homenagem pra colônia libanesa de Anápolis-GO.

Um comentário:

Bianca Hayashi disse...

Eu não sou muito fã de comida árabe... mas gosto de esfiha! xD