Ainda estou no clima de brasilidade da semana passada, por isso resolvi falar de mais uma delícia de nossa Pátria Amada, o Açaí.
Dessa vez garanto, é algo que eu conheço, já provei e aprovei!!!
A pequena fruta arredondada, de cor predominantemente roxa, quase preta é nativa da Amazônia brasileira, sendo encontrada também nos estados do Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins; e em países da América do Sul (Venezuela, Colômbia, Equador, Suriname e Guiana) e da América Central (Panamá). Mas na região do estuário do rio Amazonas é onde existem mais de suas palmeiras, e é no Pará que mais se consomem e divulgam.
O alimento é antigo na cultura nacional (como vimos na “historinha” que a Rô postou), os índios já desfrutavam desse sabor e de suas propriedades nutricionais muito antes de Cabral encontrar o Brasil ou os EUA “descobrirem” nossa floresta. Desde então, é alimento básico das populações ribeirinhas e no norte e nordeste do país. Onde é habitualmente consumido com farinha de mandioca, associado ao peixe, camarão ou carne, ou como suco, apenas suco.
Hoje, ganha mercado nas demais regiões do país. Sendo vendido em forma de sorvetes, licores, doces, néctares e geléias, vitaminas (poderosas) além, é claro, do famoso açaí na tigela, mistura de sua polpa congelada batida no liquidificador com xarope de guaraná (outro orgulho nacional), que vira um creme servido com banana e granola, podendo ser adoçada com mel ou açúcar mascavo.
A recente popularização do açaí no Brasil se deve principalmente à “Cultura da saúde” cultivada nas academias de Jiu-jitsu e ginástica, em função de suas qualidades nutritivas. Quem diria que uma frutinha tão pequena carregava tanta saúde! Pois carrega, é rico em lipídios, vitamina E e B1, possui alta concentração de fibras, elementos antioxidantes que favorecem a circulação sanguínea, e ferro,muito ferro, fazendo com que seja indicado em tratamentos de anemias e fortalecimento muscular. Além de tudo isso ainda tem um sabor delicioso e refrescante.
Com tanta coisa boa, é claro que despertou os interesses de pesquisadores de todo o mundo, e não só os interesses, em 2003 uma empresa japonesa patenteou a fruta. Como assim? Ela passou a ser deles? Não pode!!! Mas dessa vez não deixamos barato, o açaí é, de novo, brasileiro (parece piada), por história, cultura e direito. Podem tentar roubar, mas não adianta, o Açaí é nosso e ninguém tasca!!!
Por falar em cultura, vale ressaltar que o modo como degustamos no sudeste é diferente da dos índios, ou dos ribeirinhos nortistas (mas não perde a graça e o sabor tropical brasileiro), porém talvez devêssemos experimentar da maneira como comem lá, aprender mais sobre a cultura deles da mesma forma que transmitimos a nossa, sinto que antes de tudo o Brasil precisa conhecer a si próprio para então exportar e ser forte lá fora, e aí exibir a cachaça, o açaí, o guaraná, e tantas outras riquezas de nossa gastronomia.
Experimente antes que acabe, pois as queimadas e explorações não dão trégua!!!
Mas cuidado, quem já experimentou diz que a segunda tigela "vicia".
Obs: Foto de um dos pratos da instalação Sabores e Linguas de Antoní Miralda na 27ª Bienal de SP. A instalação é de Miralda, mas o artista do prato fotografado é desconhecido.
Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia e ama o Brasil e sua cultura exageradamente, ainda mais depois do trabalho de História......
Dessa vez garanto, é algo que eu conheço, já provei e aprovei!!!
A pequena fruta arredondada, de cor predominantemente roxa, quase preta é nativa da Amazônia brasileira, sendo encontrada também nos estados do Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins; e em países da América do Sul (Venezuela, Colômbia, Equador, Suriname e Guiana) e da América Central (Panamá). Mas na região do estuário do rio Amazonas é onde existem mais de suas palmeiras, e é no Pará que mais se consomem e divulgam.
O alimento é antigo na cultura nacional (como vimos na “historinha” que a Rô postou), os índios já desfrutavam desse sabor e de suas propriedades nutricionais muito antes de Cabral encontrar o Brasil ou os EUA “descobrirem” nossa floresta. Desde então, é alimento básico das populações ribeirinhas e no norte e nordeste do país. Onde é habitualmente consumido com farinha de mandioca, associado ao peixe, camarão ou carne, ou como suco, apenas suco.
Hoje, ganha mercado nas demais regiões do país. Sendo vendido em forma de sorvetes, licores, doces, néctares e geléias, vitaminas (poderosas) além, é claro, do famoso açaí na tigela, mistura de sua polpa congelada batida no liquidificador com xarope de guaraná (outro orgulho nacional), que vira um creme servido com banana e granola, podendo ser adoçada com mel ou açúcar mascavo.
A recente popularização do açaí no Brasil se deve principalmente à “Cultura da saúde” cultivada nas academias de Jiu-jitsu e ginástica, em função de suas qualidades nutritivas. Quem diria que uma frutinha tão pequena carregava tanta saúde! Pois carrega, é rico em lipídios, vitamina E e B1, possui alta concentração de fibras, elementos antioxidantes que favorecem a circulação sanguínea, e ferro,muito ferro, fazendo com que seja indicado em tratamentos de anemias e fortalecimento muscular. Além de tudo isso ainda tem um sabor delicioso e refrescante.
Com tanta coisa boa, é claro que despertou os interesses de pesquisadores de todo o mundo, e não só os interesses, em 2003 uma empresa japonesa patenteou a fruta. Como assim? Ela passou a ser deles? Não pode!!! Mas dessa vez não deixamos barato, o açaí é, de novo, brasileiro (parece piada), por história, cultura e direito. Podem tentar roubar, mas não adianta, o Açaí é nosso e ninguém tasca!!!
Por falar em cultura, vale ressaltar que o modo como degustamos no sudeste é diferente da dos índios, ou dos ribeirinhos nortistas (mas não perde a graça e o sabor tropical brasileiro), porém talvez devêssemos experimentar da maneira como comem lá, aprender mais sobre a cultura deles da mesma forma que transmitimos a nossa, sinto que antes de tudo o Brasil precisa conhecer a si próprio para então exportar e ser forte lá fora, e aí exibir a cachaça, o açaí, o guaraná, e tantas outras riquezas de nossa gastronomia.
Experimente antes que acabe, pois as queimadas e explorações não dão trégua!!!
Mas cuidado, quem já experimentou diz que a segunda tigela "vicia".
Obs: Foto de um dos pratos da instalação Sabores e Linguas de Antoní Miralda na 27ª Bienal de SP. A instalação é de Miralda, mas o artista do prato fotografado é desconhecido.
Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia e ama o Brasil e sua cultura exageradamente, ainda mais depois do trabalho de História......
4 comentários:
ai ai caciques viu, hunfs... mas ainda bem q ele tomou uma medida inteligente...E viva o Açaí...Rô, vou te contar, cada dia mais gosto da sua coluna, congratulations
Abre uma lojinha do açai de outras regioes. E num tah mto legal a popularizaçaum do açai assim. Tah fikando mto caro hehe
potz...sinto ter tecido comentários no lugar errado, eu tinha tanta ctza q estava no lugar certo..rs...
Mas AHA-UHU, o açaí é nosso!!!rs Talita, e isso que vc falou de conhecermos nossa cultura de forma mais profunda realmente é extremamente pertinente. Pelo menos o pessoal aqui de Sampa parece ter certo preconceito com comidas e frutas do Nordeste e do Norte. Se o preconceito vem da maior metrópole do país e (também uma das principais do planeta)...que motivações temos para uma integração nacional de culturas, e principalmente, para a criação de uma identidade forte lá fora?
Talita vai me matar... mas acho que o açaí tem gosto de nada. o.O
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