quinta-feira, 5 de abril de 2007

A preço de ouro

Especial Semana do Chocolate

Quem é fanático por chocolates sabe que são finas iguarias, que precisam de trato e ingredientes especiais. Para isso a marca e o valor agregado são fundamentais. Ao notar os cinco quesitos básicos de análise do chocolate entendemos porque. São eles:

-Aparência: a cor deve ser uniforme, com superfície homogênea, sem pontos pretos ou brancas. Essas imperfeições indicam que não está no ponto certo.
-Aroma: não pode ser excessivamente doce, tem que ser leve.
-Tato: o bom chocolate derrete em contato com as mãos.
-Sabor: o cacau deve destacar em relação aos outros ingredientes; o gosto fica na boca por um longo tempo, alguns até meia hora depois.
-Percepção: o bom chocolate derrete na boca e não é arenoso. Ele não forma uma película de gordura na língua, o que acontece com marcas de pior qualidade. Na hora de partir nem estilhaça (sinal que está muito seco), nem é duro demais (sinal que é gorduroso), pelo contrário, é fácil de manusear e quebrar.

São poucas as marcas que desenvolveram técnicas para atingir com perfeição todos esses níveis, e muitas, para abaixar os preços, misturam ingredientes mais baratos que fazem com que o produto perca a qualidade. Por isso, paga-se muito caro para degustar os melhores chocolates do mundo, que vêm de países como Bélgica, França e Suíça.

O chocolate belga lidera o ranking mundial. Com sabor e textura suaves, são feitos com grãos de cacau especiais e avançada tecnologia. Suas marcas mais famosas são Neuhaus e Godiva, Callebaut, Cacao Barry e Pierre Marcolinni. Em segundo lugar vem o famoso chocolate suíço. Suas marcas mais antigas são Kohler, Lindt, Nestlé e Suchard. A Lindt é conhecida no mundo inteiro e seus chocolates já são encontrados em gôndolas de supermercados brasileiros. Na França as grifes mais antigas são Fauchon, La Maison du Chocolat e Menier, e destacam-se pelos sabores originais.

No Brasil é como se estivéssemos na infância da produção de chocolate.Na maioria das vezes o chocolates utilizados nas refinadas doçarias brasileiras são os belgas, suíços, ou a mistura do nacional com eles buscando aperfeiçoar o sabor. Entretanto muitos especialistas trazem do exterior técnicas avançadas de produção. Os chocolatiers são mestres na arte de fazer chocolate, desde o processo de temperagem até a decoração e a cada ano se qualificam mais.

A Kopenhagen, marca que tem franquias pelo país inteiro é um exemplo de sofisticação e bom gosto desde o sabor até a apresentação do produto. No ramo das indústrias do chocolate brasileiro é a melhor. Fora ela temos as chocolaterias artesanais como a Chocolat du Jour e a Saint Phylippe. Essa ultima vai além da inovação em formatos e temas, acrescentando folhas de ouro comestível, ou recheios de pedras preciosas (ou simulções delas feitas em chocolate).

Delícias assim podem custar fortunas, sejam importadas ou não, e transformam os chocolates em alta gastronomia, em arte.

Se no início a iguaria era exclusiva da realeza, hoje as coisas não são muito diferentes. Só muda que a plebe pode degustar parte desse sabor, e se delicia com ele sem imaginar que fica com os restos, pequenos pedaços do precioso “néctar dos deuses”. Enquanto isso, eles se regalam com os finos, bonitos e deliciosos chocolates. Mais uma vez, é a elite que tem maior acesso para defrutar da arte.

Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia e está louca pra se deleitar com um delicioso chocolate belga.

4 comentários:

L. G. Freire disse...

chocolate é o que há!

cinco em um disse...

Essa semana esse blog tá uma delícia! hahahahahha
Beijosss*

LEtte =]

Bianca Hayashi disse...

Amooooo o cappucino da Kopenhagen!
Huummm, muito boa a semana de vocês =D

Cibele Lima disse...

eita texto refinado sô...tinha q ser a Talita...hahahahaha!
Espero um dia provar desses chooclates magníficos!!
bjssssssss