segunda-feira, 30 de abril de 2007

Fome de Viver


Esse é o título em português do filme “The hunger” (EUA/ Inglaterra - 1983) que está em cartaz no Cinusp Paulo Emílio até sexta, como parte da mostra Para Gostar de Cinema: Anos 80.

Apesar do título ser atrativo a história não se refere a comida, e sim a sangue. Inspirado em um livro de Whitley Strieber (de "Communion"), trata-se da história de um casal de vampiros (que estranhamente usam facas ao invés de dentes) que através do sangue humano garantem a imortalidade.

Entretanto, o esposo de Miriam (Catherine Deneuve), o vampiro John (interpretado por ninguém menos que David Bowie) sofre um distúrbio e passa a envelhecer. Ele procura então a ajuda da doutora especialista Sarah (Susan Saradon), que passa a se envolver fortemente na trama formando o triângulo amoroso bissexual que causou polêmica na época.

O filme dirigido por Tony Scott foi indicado ao prêmio de Melhor figurino e Melhor pela Academia de Ficção-Científica, Fantasia & Horror em 84. A imortalidade do amor é um dos temas centrais da história, mas são os vampiros que fazem do filme um ícone da década de 80. Apesar de o apetite ser um pouco diferente, toda fome deve ser respeitada.

As sessões acontecem nos dia 2 e 3 às 19h e no dia 4 às 16h. O Cinusp se localiza na colméia favo 04 na Cidade Universitária. Mais informações pelo telefone 3091 3540. A programação completa da mostra está em www.usp.br/cinusp.

Livia Lima posta todas as segundas-feiras na coluna Cultura

domingo, 29 de abril de 2007

Você tem fome de quê?


Acredito que, sendo a primeira vez que posto neste blog, seria interessante uma guinada sobre o próprio nome que o compõe. De chofre, respondo a questão-título: Tenho fome de quem tem fome. Mas não a fome em stricto sensu, já que “bebida é água, comida é pasto”, queremos mais, mais do que matar a fome. Nesse ponto, concordo com outra canção, desta vez de Adriana Calcanhotto: “Eu gosto dos que têm fome, dos que morrem de vontade, dos que secam de desejo, dos que ardem”.Pois bem, eu tenho fome dos que têm fome, talvez por isso a Calcanhotto me seja tão atraente.

Pelo que pude perceber a essência do blog é a fome. Andando em companhia dela, muito provavelmente não teremos condições de realizar muita coisa, por isso sempre procuro sanar minha fome e meu prato predileto são os artistas. Um bom artista é alguém que vive faminto, sedento e que nunca se sacia.


Um famigerado, no sentido popular desta palavra, é Théodore Chassériau, pintor francês do conturbado século XIX. Conturbado, pois a meu ver é o século das grandes transformações, das grandes aberturas das quais Chassériau foi partícipe.

Pelo que conhecemos, isso desde o livro de Chevillard (o primeiro inteiramente consagrado ao pintor, cuja primeira edição é de 1893), é que Chassériau sempre, desde criança, fora um faminto. Consumia tudo que podia e expelia em forma de desenhos. Logo cedo, aos dez anos, foi admitido no atelier de Ingres. Um fato notável, já que o também faminto Jean-Auguste Dominique Ingres, no momento era um dos pintores de maior expressão naquele cenário francês.

Mas, nosso amigo cheio de fome, não parou ou se contentou com tanto. Seria lícito resgatar o “ponto de fuga” deleuziano, ou seja, quando estamos firmes em um ponto, “fugimos” para outro lugar. Para mim, é o que acontece com os de almas sedentas. Teixeira Coelho, em Arte e Utopia, falava algo semelhante, dizendo que a arte é utópica, pois quando ela chega a algum lugar ela não está mais neste lugar, já é outra coisa, daí utópica.

Então, Chassériau, que era o aluno predileto de Monsieur Ingres, pouco a pouco começa enveredar-se para outro caminho. Se seu mestre zelava pela linha, o maior inimigo era quem a abolia: Eugène Delacroix (a maior expressão do romantismo pictórico), que ao contrário de Ingres deixava as manchas de cores tomarem conta da composição.

Chassériau, não toma partido, não fica do lado de nenhum dos dois. Entretanto, sua obra enquadra-se neste entremeio, mas não é nem um nem outro. Lembro das aulas de história da arte das quais o professor enfatizava sobre Delacroix: “Delacroix não é romântico, não é clássico é Delacroix, e ponto”. Nada mais justo do que transportar este comentário à Chassériau. Por muito tempo o são-dominguense, que com dois anos foi para Paris, foi limitado entre um epígono, dos dois grandes mestres.

Melhor seria falar em prógono, já que se trata de um toda nova arte, muito peculiar, que tentava então conciliar não apenas dois movimentos tidos como antagônicos (clássico e romântico), mas mesmo um mundo pagão e outro cristão, mistura de etnias, oriente e ocidente. Ou seja: Chassériau, e ponto.

Eu tenho fome dos que têm fome, tal qual Chassériau, que morreu muito cedo, com 37 anos, mas que nos deixou uma comida toda saborosa com um tempero novo. Um chef exemplar, digno das honrarias das mais altas cozinhas do mundo.

Alias, hoje é domingo, dia de sentar-se à mesa junto com a família. Então me despeço de todos os famigerados, por que já viajei muito na maionese e toda essa história me deixou com fome.

Martinho Júnior, o convidado desta semana para "viajar na maionese" é semiólogo, assim como nosso professor de Teoria das Mídias II Lucas Pires (que deveria ter postado esta semana, mas "declinou do convite"). A coluna Viagens na Maionese é postada todos os domingos (quando a moderadora não está com problemas, lógico...)

Legenda da foto: Théodore Chassériau - óleo sobre tela.

sábado, 28 de abril de 2007

Cachaça internacional

Especial semana da Cachaça


A famosa branquinha (ou qualquer inusitado apelidinho que a Rosângela tenha postado na coluna "Curiosidades" da última quarta-feira, ou ainda um outro nome “carinhoso” desconhecido por essas seis blogueiras – que adoram falar de comida), conquista não só brasileiros, mas também alguns gringos mundo afora.


Sua comercialização é um negócio tão lucrativo para a exportação que várias organizações foram formadas para defender os interesses financeiros e qualitativos da cachaça.


Na cidade de São Paulo, ocorreu entre os dias 24 e 26 de abril a 4ª edição da Feira Brasil Cachaça, na Bienal do Ibirapuera. Em 2006, a Feira recebeu a visita de 19 países estrangeiros, dentre eles Argentina, Bulgária, Chile, Espanha, França, Itália, Bélgica, Portugal e Estados Unidos. Este ano, foram 12.388 visitantes e aproximadamente 150 marcas expostas, sendo elas de vários estados brasileiros.


A Feira sempre teve como objetivo reunir produtores de cachaça, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte, empresas que detêm maquinário para a produção da cachaça, ou que produzam algo através da iguaria, proprietários de bares, restaurantes, hotéis e padarias, além de importadores e compradores internacionais, para que estes possam estreitar relações e obter bons negócios referentes ao produto.


A cachaça está em tanta evidência no Brasil e no mundo que no ano de 2005 uma importante ação no que diz respeito à sua exportação foi posta em prática: sua certificação. A iniciativa é fruto da assinatura de um convênio entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).


Além disso, a definição da análise de conformidade para o produto é feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa). Assim, a facilidade de entrada do produto brasileiro no exterior é muito maior, já que na maioria dos países de primeiro mundo tem-se o hábito de desconfiar-se dos produtos vindos dos países subdesenvolvidos.


Várias organizações surgiram com o objetivo de defender os interesses da cachaça, sendo estes tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto da manutenção de sua qualidade. É o caso da Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), fundada há 5 anos.


Ela avalia que o mercado consumidor interno é responsável pela distribuição e venda de aproximadamente 1 bilhão de litros de cachaça. A Fenaca projeta esse sucesso interno da cachaça também no exterior, buscando parcerias governamentais e com instituições de ensino e pesquisa em ações que potencializem a valorização da cachaça no mercado internacional.


O importante de tudo isto é ver que finalmente o mercado brasileiro está acordando e valorizando sua própria produção. Assim como todos nós aceitamos de braços abertos os chocolates belgas, dos quais a Talita falou em outro post, a vodka, a tequila, as comidas árabes, alemãs, um sem número de frutas que nunca cresceram em solo tupiniquim, dentre tantos outros produtos, parece que finalmente os gringos nos estão dando uma chance de sermos identificados e reconhecidos por um produto 100% nacional.


E que é responsável pelo gosto 100% delicioso da nossa caipirinha, que conquista mais e mais estrangeiros a todo momento. Também não é pra menos né. Não se pode dizer que esses gringos não tenham bom gosto.


Elena Oliveira posta todos os sábados na coluna Brasil

sexta-feira, 27 de abril de 2007

O ministério da saúde adverte...

Especial semana da cachaça


É proibida a venda de "cachaça"para crianças.



Portanto, é razoável que não haja publicação hoje.

Não incentive o consumo de álcool a menores de dezoito anos.

Se você está grávida, ou conhece alguém que esteja, lembre-se que o maior agredido é o bebê
que está por vir... poupe-o!


Mas...hoje é sexta-feira, véspera de feriado...

Ao demais, não relacionados acima, curta com moderação essa especiaria, original do nosso Brasil,sil,sil...

Por hoje é só! Té a próxima!

Cibele Lima posta todas as sextas-feiras na coluna Criança

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Brasileirinha (du chorim ao torresmim)


Especial Semana da Cachaça

A cachaça, iguaria que mereceu uma semana especial, foi por muito tempo marginalizada, desvalorizada. Sabe por quem? Por nós, os brasileiros, os donos dela. Sim, temos a mania de exaltar o do exterior, e a pinga, não só é daqui, como era a bebida da senzala, depois dos pobres e dos bêbados, por que mereceria destaque? Santa ignorância!!

Na semana de 1922 tentaram resgatá-la (e não tiveram muito êxito) depois alguns artistas com a “cultura de botequim”, a vida boêmia, conseguiram levantar um pouco sua moral, mas o preconceito continuou. Pois saiba, isso está mudando.

Mas isso é assunto que a Elena vai falar no sábado (não perca!). Eu deveria falar sobre as marcas, as boas marcas, como filha de mineiro, falar dos famosos alambiques de lá, ou de como aprecia-la, mas não domino o assunto, nunca nem experimentei cachaça pura (igual a Rosangela). Por isso escolhi dissertar sobre coisas que conheço bem, e que sem elas, talvez a nossa aguardente não fosse a mesma, seus acompanhamentos.

O bom apreciador de cachaça sabe que por mais que ela tenha graça sozinha, acompanhada é muito melhor. Nada como degustar quitutes como torresmo, batata ou mandioca fritas, iscas de carne, frango ou lingüiça, amendoim torrado, ovo de codorna, escondidinho, e até um “quejim” mineiro bem temperadim. Esses são alguns dos elementos de uma lista enorme que compõe as famosas “comidas de boteco” (qualquer dia posto falando mais sobre elas)

Com influências das culinárias de diversas regiões do país, brasileiros de canto a canto se reúnem em volta de uma mesa para um “ritual” brasileiríssimo de degustação, tanto da bebida, e suas diversas misturas, como dos pratos que são servidos juntos.

Imagine um bar aconchegante, tocando chorinho ao fundo e um cardápio de dar inveja, com as delícias típicas desde entradas a sobremesas. Uma overdose de cultura nacional, um desfrute nosso que estrangeiros pedem cada vez mais. Não só pela bebida, mas pela combinação que só nós sabemos fazer (como misturar com limão,tive informações que até na Áustria nossa Caipirinha faz sucesso).

Sim, quem vos escreve é a mesma que elogiou os hambúrgueres americanos e os chocolates belgas, eles merecem, mas nossas comidas de bar, nossa feijoada, feijão tropeiro, bife a cavala, arroz carreteiro, queijo e goiabada, tapioca, não deixam nada a desejar, pelo contrário.

Assim como estamos recuperando o valor da cachaça como bebida do Brasil, recuperemos também seus acompanhamentos...Numa mistura deliciosa e brasileiríssima de bebida, comida e música que só nós sabemos fazer. E viva o Brasil!!!

Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Senta que lá vem cachaça...


Especial Semana da Cachaça


Branquinha, água-que-passarinho-não-bebe, catinguenta, mamãe-sacode, vexadinha, lindinha, danadinha, desperta-paixão... esses são apenas alguns dos vários nomes que a cachaça possui.

Introduzida no Brasil pelos portugueses no período áureo do cultivo da cana, a palavra Cachaça possui origem desconhecida, mas especula-se que tenha origem na palavra castelhana Cachaza, que significa vinho de borra.

Uma definição curiosa para o termo cachaça pode ser encontrado no Dicionário Escolar de Silva Bueno: "Cachaça era sinônimo de porco (cachaço) e de porca (cachaça). Como a carne fosse dura, molhavam-na com aguardente para amaciá-la. Passando assim, o nome de porca (cachaça) a significar aquela aguardente que hoje todos conhecemos com o nome de cachaça".

Os apelidos dados para a cachaça variam não apenas de acordo com região brasileira, mas com uma relação de "afeto" que alguns mantém com a bebida (como no caso de lindinha... só gostando muito prá chamar uma bebida assim...rs).

O consumo da cachaça obedece um ritual, com o tradicional "gole para o santo", onde o primeiro gole é jogado ao chão. Esta tradição teve origem inspirada na libação grega, onde uma pequena porção do vinho consumido durante os banquetes era atirada ao chão, como oferenda aos deuses.

É também costume consumir a bebida com um gole só. Já os que não conseguem fazer isso, ganham o apelido de "fracos". E você, caro leitor, em que categoria se inclui? Divide sua cachaça "com o santo"?


Aproveite nossa semana e aprecie a cachaça com moderação...

Rosangela Sousa posta todas as quartas-feiras na coluna Curiosidades. E nunca experimentou uma cachaça.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Oração do bebum


Semana especial da Cachaça

Santa Cana que se extrai da roça, purificado seja o teu caldo.
Aguardente sem mistura, venha a nos o vosso líquido a ser bebida a nossa vontade, assim no boteco como em qualquer lugar.
Cinco litros por dia nos dai hoje, perdoai o dia em que bebemos de menos assim como perdoamos o mal que a "marvada" faz.
Não nos deixeis cair atordoados e livrai-nos da rádio-patrulha.
Amém.

Jéssica Santos posta todas as terças-feiras na coluna Saúde e Nutrição. Mas, sabe-se Deus porque, essa semana não escreveu.....

segunda-feira, 23 de abril de 2007

BRASIL MOSTRA A TUA CAchaça

Especial Semana da Cachaça

Essa semana, me abstenho de falar sobre cultura, porque cachaça é um elemento cultural por si próprio. Mostrarei apenas um texto de nosso maior cronista, Rubem Braga, a respeito de nossa maior bebida...

A cachaça também é nossa

Um dia apareceu um deputado com um projeto de lei proibindo em todo o território nacional o fabrico, o transporte, a venda, a compra e o uso da cachaça. Havia penas de multa e cadeia.
Não quero lembrar aqui o nome desse parlamentar infeliz. Ele falava, por exemplo, em nome da higiene. Não se lembrou de que sua lei obrigaria a gente pobre a beber álcool com água, ou sem água – que é a primeira coisa que qualquer sujeito da roça ou qualquer empregada da cidade faz quando não tem cachaça à mão.

O Brasil é o único país do mundo que não leva a seria a sua bebida nacional. Embora seja um industria totalmente brasileira (ou será que uma dessas multinacionais já comprou alguma grande marca?) com uma enorme importância econômica, e que funciona em milhares e milhares de municípios, a cachaça não é levada a sério. O candidato a algum cargo público que falar em algum projeto a respeito dessa indústria será logo alvo de piadas sem fim.
Uma vez um amigo meu foi nomeado presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool. Conversando com ele, defendi a conveniência de estudar uma política nacional da aguardente; até então o Instituto ou ignorava a aguardente ou apenas tomava medidas para diminuir seu fabrico em favor de outros subprodutos da cana. Por que não estudar seriamente o problema da aguardente de vários pontos de vista, desde o da saúde pública até o da exortação? O bom homem me olhou desconfiado, como quem diz: esse Braga tem cada idéia! Depois comentou com um amigo comum a minha “piada” de cachaceiro...
(...)
Uma associação de produtores, amparada pelo Governo, poderia dar dignidade à industria da cachaça, estabelecendo padrões de idade e qualidade (como se faz em outros países com o uísque, o conhaque, o vinho etc.), que teriam de ser respeitados, punindo-se severamente as fraudes. Só depois disso poderíamos pensar seriamente em exportação.
Mas qual! O Governo ignora pudicamente essa imensa realidade nacional que é a cachaça – a não ser para lascar impostos em cima ou proibir a venda aqui ou ali dentro de certos horários. E já estou a ouvir daqui o comentário daquele meu amigo que foi presidente do I.A.A, se chegar a ler esta crônica:
- O Braga quer salvar o Brasil com a cachaça...

Sim, cachaça faz mal, e quanto mais, pior. Mas foi com a cachaça que o brasileiro pobre enfrentou a floresta e o mar, varou esse mundo de águas e de terras, construiu essa confusão meio dolorosa, às vezes pitoresca, mas sempre comovente a que hoje chamamos Brasil. É com essa cachaça que ele, através dos séculos, vela seus mortos, esquenta seu corpo, esquece a dureza do patrão e a falseta da mulher. Ela faz parte do seu sistema de sonho e de vida; é como um sangue da terra que ele põe no sangue.

BRAGA, Rubem. As boas coisas da vida. Rio de Janeiro: Editora Record, 1988.

Lívia Lima posta todas as segundas-feiras na coluna Cultura

domingo, 22 de abril de 2007

Especial Semana da Cachaça

A música-tema do nosso blog diz “bebida é água”, mas não se engane, “cachaça não é água não”. Este é o assunto da nossa semana, mas nós advertimos, saboreiem com moderação.

A merenda redescoberta


Na segunda passada eu postei sobre “Em busca do tempo perdido” de Proust e falei um pouco sobre a relação que a comida tem com a memória, o poder que ela tem de resgatar lembranças.

Um tempo, não perdido, mas passado da minha vida é o tempo da escola. Tempo bom que não volta nunca mais... Hora do recreio! Sempre acontecia alguma coisa, bastava pouca coisa e a gente se divertia!

Na minha escola, dava merenda mesmo. Como eu adorava o arroz papa com salsicha e também o arroz doce feito de leite em pó. E as goiabadas, as bolachas de maisena, o “sucrilhos”. E os pães de hot dog, às vezes as tias davam pra gente levar pra casa, era uma festa. Até mesmo dos pratos e canecas azuis com a inscrição P.M.S.P (minha escola era municipal) eu tenho saudade.

Cada lanche traz a memória de um acontecimento, como quando eu sujei toda a camiseta da minha amiga, jogando leite com chocolate nela, ou quando fazíamos guerra de mexerica, em “homenagem” ao nosso professor de matemática que tinha este apelido. Ou quando depois da aula de educação física, achávamos o máximo ir comprar uma tubaína e ficar tomando nas mesinhas da bomboniere.

Se a gente for parar pra medir quanto tempo de nossas vidas a gente estava em volta de comida, seja em um almoço em família, ou num lanche com os amigos, são incontáveis. Mas com certeza alguns são inesquecíveis. A merenda resume uma fase maravilhosa. Tudo isto tem gosto de infância pra mim. Tem gosto de vida!
A coluna Viagens na maionese é postada aos domingos.

sábado, 21 de abril de 2007

Gordura trans, entenda um pouco do que ela é e a sua inserção no mercado de consumo brasileiro


Você sabe ao certo o que é a gordura trans? Pois não se preocupe em procurar, aí vai mastigado pra você o significado deste termo: gordura trans é um tipo de gordura formada pelo processo de hidrogenação natural ou industrial. O processo de hidrogenação industrial consiste na adição de hidrogênio nos óleos vegetais até que este se torne sólido à temperatura ambiente.


Elas servem para que o aumento do prazo de validade de um produto seja viabilizado, além de deixar frituras mais sequinhas (e aparente ausentes de gordura), os sorvetes e requeijões mais cremosos, os achocolatados em pó mais fortes, ou para melhorar a consistência e a cor dos alimentos. Por isso tanto as fabricações industriais quanto as caseiras a utilizam bastante.


O portal do Ministério da Saúde, reportando-se aos possíveis malefícios ocasionados pela ingestão de gordura trans, chegou a informar que “O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans tende a aumentar o colesterol total e o colesterol "ruim" (LDL) e a diminuir os níveis de colesterol "bom" (HDL). A conseqüência dessas alterações no sangue, a longo prazo, pode ser a formação de placas nas artérias (aterosclerose) e o surgimento de doenças como infarto e derrame cerebral”.


Justamente pelo fato de esta gordura estar tão presente em muitas comidas consideradas “deliciosas”, como é o caso do sorvete, do chocolate, das bolacha, dos salgadinhos, é que todos nós estamos diante de um grande problema, que inclusive, chegou aos cuidados governamentais. Em 2003, foi aprovado o projeto de Lei do Senado n° 325. Ele basicamente consiste em obrigar os fabricantes a informar a quantidade de gordura trans no rótulo do produto.


Um artigo publicado no site da Folha Online em 14/10/2006, no entanto, mostra a quantidade de produtos postos no mercado sem a informação ao consumidor da quantia de gordura trans presente no alimento. A publicação aborda uma pesquisa realizada pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em que 370 produtos industrializados foram analisados quanto ao nível de informações sobre a presença e a quantia de gordura trans. Verificou-se que 38% desses produtos, ou seja, 139, não declaravam nada com relação à substância em seus rótulos. Chegou-se ainda à conclusão de que, dos produtos que informavam a quantidade de gordura trans, os bolos com recheio eram as mercadorias que mais o continham.


A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo tratou ainda de criar o Projeto de Lei Nº 143, de 2007, que pretende inserir no cotidiano da população paulistana a distribuição de material impresso gratuito para esclarecê-la sobre o assunto.


Bem, até agora, parece que a Lei ainda não surtiu os devidos efeitos. Enquanto isso, o conselho à população é que ela própria se mobilize para sanar suas dúvidas e que esteja atenta quando for ao supermercado pois os malefícios trazidos pela gordura trans, como está acima descrito, podem ser muitos.


Dicas para você informar-se aidna mais sobre a gordura trans:


http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25549


http://www.anvisa.gov.br/alimentos/gordura_trans.pdf


http://www.valmiramaral.com.br/pl325_03.htm


http://www.nutritotal.com.br/noticias/?acao=bu&id=236


http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2004/200404_1.htm


http://www.simabesp.org.br/news/infointeg.asp?Codigo_noticia=1387


http://naturaloe.blogs.sapo.pt/29201.html


http://www.mcdonalds.com.br/campanha_institucional_2007/institucional_gordura_trans.asp


http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u127029.shtml


Elena Oliveira posta todas os sábados na coluna Brasil




sexta-feira, 20 de abril de 2007

cozinheiros mirins!




Uma frase muito comum de falar e ouvir: cozinha não é lugar de criança. Entretanto, essa idéia está mudando!

Quando permitimos que as crianças “brinquem de cozinhar” na cozinha de nossa casa, a relação dela com a alimentação e com a importância de comer corretamente melhoram muito, e não apenas isso.

Segundo pesquisa elaborada por psicólogos infantis, o ato de criar cozinhando, trabalha a concentração, a organização, a autonomia, a voracidade, a capacidade de esperar, o desenvolvimento do paladar e, principalmente, da auto-estima.

Além disso, pode despertar na criança desde cedo cuidados com higiene, com o que ela põe dentro de seu corpo e a experiência de testar seus quitutes. Sem falar nos ingredientes que a criança passa a conhecer e que permitem equilibrar os nutrientes e vitaminas para obter um prato saudável e nutritivo.

Cozinhar pode ser um motivo de diversão familiar, mas tudo isso não será possível sem que um adulto venha a intermediar esse processo de aprendizagem e experiência da criança.

Muitas crianças “aprendem”a não gostar de determinados tipos de comida porque ouvem dos pais e familiares que é ruim ou que não gostam de comer.

Além de mudar esses hábitos, permitir um contato da criança com a “esfera do alimento”pode solucionar problemas com a má alimentação e a recusa de nutrientes importantes para os eu desenvolvimento.

Prepare o ambiente, tome doses dobradas de paciência e divirta-se com o que aprenderá com os cozinheiros mirins.

Vamos ver se eu vou apenas escrever, ou fazer isso com a Anita também né?!

Essa é minha dica de hoje... até a próxima!!!

Cibele Lima posta todas as sextas-feiras na coluna Criança

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Brigadeiro Epifânico





Desde que começamos o blog, tenho falado sobre restaurantes, dado dicas ou feito comentários sobre marcas (detalhe, só postei 3 vezes). Cansei de só fazer propagandas, mesmo que os lugares mereçam, gastronomia vai além disso.

Hoje fiz brigadeiro de limão. O que é isso? Bom, só comendo pra saber, tem gosto de...Brigadeiro de Limão, e cor de...Brigadeiro de limão, e cremosidade...Adivinhem...de brigadeiro de limão. Acredite, é bom, muito bom!

Brincadeiras a parte, na minha concepção a iguaria vai muito além do sabor, da cor e da cremosidade. Remete a lembranças passadas, pessoas queridas, tem gosto de festa, gosto de saudade, uma saudade gostosa.

Mas por que estou escrevendo sobre isso? Bom, prometi pras meninas (as que também postam no blog) que ia fazer o famoso doce pra elas experimentaram e quando estava a prepara-lo fui acometida por uma súbita epifania. Depois dela o fato de o quitute ser um de meus preferidos fez muito mais sentido, o sabor não agrada só por ser sabor. Agora, fará mais sentido ainda, vamos fazer nossa festa (eu e as meninas), e o brigadeiro epifânico carregará consigo mais uma lembrança, assim como tantos pratos carregam. Muito mais que meras calorias.

Essa é minha dica da semana, se não for o brigadeiro, que seja outro prato, o mais legal é o pretexto pra se encontrar, sentar em uma roda e rir muito.

Ah!Me perguntaram se o blog era de receitas. A princípio não, mas como hoje não tenho um restaurante ou doçaria pra indicar, aí vai.

Brigadeiro de Limão

2 latas de leite condensado
1colher de sopa de margarinha
1 pacote de gelatina de limão
gotas de baunilha

Modo de preparo:
Coloque o leite condensado a margarina e a baunilha na panela, leve ao fogo e mexa bem por mais ou menos 8 minutos. Retire, acrescente a gelatina e misture bem, volte ao fogo por mais uns 3 minutos, até dar o ponto (cada um tem um truque), retire e deixe esfriar pra enrolar e passar no açúcar, ou coma de colher.


Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia, e prometeu brigadeiros de limão para todas nós do blog..oba!!!!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Delícias de papel


Todos nós, um dia na vida, lemos pelo menos um gibi da turma da Mónica ou assistimos a um episódio que seja de qualquer desenho animado em nossa infãncia.


Os desenhos e os quadrinhos eram repletos de magia, carregados pela aura de um universo perfeito, onde todos eram felizes, tinham muitos amigos e toda a comida que sonhasse, sempre fumegante e saborosa...


Hum....comida de desenho animado.... porque ela é tão gostosa? Afinal, porque ao lermos um gibi ou terminarmos de assistir a um desenho sentimos tanta vontade de comer? Qual criança nunca sentiu vontade de comer um pedacinho da melancia da magali, um dos bolos de fubá da mãe do Chico Bento ou de experimentar uma das tortas ou mesmo os frangos assados devorados por Tom & Jerry?


Muitas vezes, a maçã da Branca de Neve parece ser muito mais gostosa do que aquela maçã que está na cozinha. Tão gostosa quanto a maçã da turma da Mônica, que está na prateleira do supermercado. Ficção e realidade se confundem, confundindo também o paladar de adultos e crianças, que sonham um dia em poder experimentar uma dessas "delícias de papel", mas que se contentam com os bolinhos recheados, as maçãs em pacotes ou os sucos em caixinhas.


Sempre que perguntados, cartunistas como Maurício de Sousa dizem não saber o motivo desta fascinação exercida pela comida que criam. Então, qual seria a fórmula mágica?


Talvez as formas bem definidas, os contornos marcados, as cores fortes usadas para caracterizar os alimentos, além da expressão de satisfação no rosto dos personagens que saboreiam ou preparam os alimentos destas obras ajudem a tentar explicar o porque de tamanho fascínio.


O concreto pode ser saboroso, mas o abstrato é muito mais. E permanecerá sendo, até que os gibis mantenham-se vivos na cultura infanto-juvenil, e os desenhos animados não sejam distorcidos pela realidade perturbadora das animações digitais, incapazes de criar o mesmo desejo que aqueles produzidos anteriormente pelo grafite de um lápis.
Rosangela Sousa posta todas as quartas-feiras na coluna Curiosidades. E gostaria muito de comer um pedacinho do algodão-doce da Magali...

terça-feira, 17 de abril de 2007

Seja magro, seja magro


Quem já não escutou essas palavras reverberando em suas cabeças?
Temos a imposição da felicidade, a magreza, e pior tanta gente passando fome e morrendo de fome e outras pessoas passando fome propositalmente.

Sim sim, falarei hoje de dois disturbios alimentares muito sérios: a bulimia e a aneroxia nervosa.
A bulimia nervosa consiste em métodos agressivos para se evitar o aumento de peso,através de vômitos e uso de laxantes. Normalmente a pessoa ingere uma quatidade enorme de alimentos e precisa "se livrar" deles.

Já aneroxia nervosa leva as pessoas a evitarem a ingestão de comida, ficam dias comendo quase nada ou nada e tem uma visão deturpada de seu corpo, como se estivessem acima de seu peso.
Muitas vezes temos a combinação das duas doenças, e isso não é nada incomum.

Muito mais importante do que saber diagnosticar é perceber que qualquer um está sujeito a passarpelo menos por alguns sintomas desses disturbios, e não achar que os acometidos são neuroticos, anormais e etc.

AHh lógico nunca julgar e sim tentar ajuda essas pessoas, já quenunca se sabe o dia de amanhã.
Bem qualquer duvida me procurem pois tentarei responder
Jéssica Santos posta todas as terças-feiras na coluna Saúde e Nutrição

segunda-feira, 16 de abril de 2007

La recherche continua...

Continuando no tema literatura francesa da semana passada, daremos um salto da Idade Média para o século XX, para falarmos de Em busca do tempo perdido (À la recherche du temps perdu) de Marcel Proust.

O romance é sem dúvida, um dos mais consagrados clássicos da literatura, daqueles que os críticos afirmam que não se pode morrer sem ler. Eu confesso que ainda não li nenhum dos sete volumes que formam a obra, o que me limita a comentá-la superficialmente.

Bem, podemos resumi-la grosseiramente, como a história de um homem que revivendo seu passado, conta a sua vida e a de outros personagens. É um típico romance do século XX, onde o discurso se sobrepõe aos fatos e ações na narrativa, assim como Ulisses de Joyce.

E onde entra a comida? No primeiro volume - “No caminho de Swann”- durante um lanche, Proust (trata-se de uma espécie de autobiografia) molha no chá uma “Madeleine”, que o faz lembrar-se de sua infância e a partir daí ele resgata a memória e analisa a sua vida.


O biscoito provoca uma epifania no personagem que diz: "Cessara de me sentir medíocre, contingente, mortal. De onde me teria vindo aquela poderosa alegria?". E a partir disso a “busca” começa.

O que o autor nos faz perceber é que a partir de um aroma ou do paladar podemos resumir momentos, sentimentos, relembrar histórias e enfim resgatar o que outrora estava esquecido. Nos mostra o poder da comida na vida, e na arte, já que é a partir de uma simples combinação de chá com biscoito que Proust cria sua obra prima.

Livia Lima posta todas as segundas-feiras na coluna Cultura

domingo, 15 de abril de 2007

Meu amigo maionese



Enquanto isso, em um chat no MSN...

Gyoza diz: Ow, maionese não é nome de um amigo seu?

Sushi diz: Claro que não!
Orion . // diz: Sushi, Gyoza. (olha o e-mail das pessoas que estão no chat) Que susto, caraleo! Ah, são vocês!

Tava vendo um barato mó conspiratório e vocês entram com esses nicks estranhos!!!!

Gyoza diz: E eu chego perguntando "se maionese não é amigo seu"! XD

Orion . // diz: Mas enfim. Digam.

Sushi diz: Gyoza quer saber se você tem algum amigo chamado maionese que passou em algum vestibular xD

Orion . // diz: Maionese? Nah... Porquê? Bixo de Direito?

Gyoza diz: Não é seu amigo!? XD

Sushi diz: HAUHAUHAUA. Falei que não era uma pessoa!!!

Gyoza diz: É que você tinha entrado com um nick: "maionese fdp!! passou =]"

Sushi diz: Era o Orion passando mal!

Gyoza diz: Isso ontem ou anteontem, sei lá xD

Orion . // diz: É que eu comi maionese e me fez mal...e coloquei no nick: "maionese fdp!! Eno, chá de boldo.. qual o próximo?"

Orion . // diz: O próximo foi o hospital /o/

Pois é, comer maionese estragada faz mal. Ela foi inventada na França, em 1756 e, como é feita com ingredientes de origem animal (ovos) é suscetível à presença de salmonelas, que provocam desarranjo digestivo. Por isso, é aconselhável consumi-la em 30 dias.

E, às vezes, faz bem não “viajar na maionese” na época de vestibulares.

Ah, para quem não sabe: sushi e gyoza são comidas japonesas. Geralmente servidos como entrada em restaurantes. Orion não é comida; é uma constelação.

Bianca Hayashi foi convidada a viajar na maionese neste domingo. Garanto, essa conversa é real. Leia mais em http://paranoiapaulistana.blogspot.com

sábado, 14 de abril de 2007

Os alimentos transgênicos existem... Mas como vem se comportando a grande mídia no Brasil em relação a novas informações sobre o assunto?


Quem se lembra do fim da década de 90, quando os alimentos modificados geneticamente estavam constantemente sendo mostrados e discutidos nos grandes jornais, revistas, e até nos programas de meio de tarde no Brasil?

Nas escolas, o tema era muito trabalhado com os alunos, já que era um assunto polêmico e amplamente discutido e mostrado (eu pelo menos tive mais do que um trabalho quando ainda estava no colégio, isso em 1999, em que tive que pesquisar o que eles eram, os países que já o adotavam, seus prós e seus contras, assim como muitos de meus colegas).

Isso tudo porque os professores queriam integrar ao conteúdo programático do ano letivo um assunto sobre o qual se falava a todo momento na grande mídia, e assim, despertar em nós alunos a compreensão e o interesse em acompanhar todas as notícias relacionadas ao assunto que, à época, ainda tinha seu futuro e suas diretrizes indefinidos.

Quase dez anos depois, será que alguém sabe me dizer, com toda segurança do mundo, se estamos ou não consumindo alimentos transgênicos? Ou melhor, afirmar, sem chances de erros, quais deles têm genes modificados?

É certo que importamos produtos alimentícios de várias partes do mundo em que a produção transgênica é praticada, como é o caso de importações vindas dos Estados Unidos e da Argentina, por exemplo. Isso pode nos dar a impressão de que então ingerimos sim esse tipo de alimentação, afinal, acreditamos nisso pelo fato de esses países produzirem este tipo de alimentos.

Segundo declaração de Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace, ao site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), publicada em 11 de outubro de 2006, em 2005 foi aprovada a soja transgênica no Brasil, apesar de não haver uma mobilização nem por parte do governo e nem por parte das empresas para colocar os rótulos com a informação da mudança genética no produto.

Toda essa discussão, que ainda existe apesar da aparente aminésia da grande mídia em relação ao assunto, provém do caráter ético do uso e da venda desses produtos. Os estudos científicos ainda não conseguem atestar que eles não são prejudiciais à saúde humana. E sem leis que estabeleçam um parâmetro muito certeiro quanto às decisões que devem (e precisam) ser tomadas no que diz respeito a esses alimentos, essa discussão intensifica-se mais e mais.

No site da Folha, por exemplo, ao digitar-se no espaço “Busca” as palavras “alimentos transgênicos” e levando em consideração apenas as publicações de 2007, ao todo 11 matérias foram publicadas. 5 delas repetem assuntos já explorados em matéria anterior, sem acréscimo algum de informações relativas ao tema em questão.

O jornalista Maurício Tuffani, em artigo publicado no site http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1 , reforça essa idéia de que a grande mídia brasileira tem estado distante de noticiar importantes informações relacionadas aos transgênicos, para que toda a sociedade possa manter um debate sobre o assunto.

Aliás... o tempo inteiro usei o termo mutação genética ou expressões parecidas para falar sobre os alimentos transgênicos. Só queria deixar o registro aqui nesse blog que o que pode designar um alimento transgênico é se ele recebeu um ou mais genes de outro organismo.

Enquanto a grande mídia não mais nos atinge com um assunto de extrema importância para a vida de cada um de nós, deixo aqui sites onde mais informações de relevância podem ser obtidas. Mas peço encarecidamente ao leitor que não se limite apenas às minhas dicas, procurem por si próprios informações sobre os transgênicos. Sua alimentação dia-a-dia está em jogo.
http://www.rampadeacesso.com/ser/sau/transgenicos_bacsoja.htm
http://conjur.estadao.com.br/static/text/53639,1
http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=alimentos&CurrentPage=0&LibDocID=3833#O%20Brasil%20e%20os%20Transg%EAnicos
http://www.terradedireitos.org.br/index.php?pg=conteudo&tema=2&conteudo_id=139&tipo=2
http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/cidadao/alimentostrans.htm

Elena Oliveira posta todos os sábados na coluna Brasil

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Supermercado? Eu vou!!!



Ir ao supermercado com crianças pode ser uma aventura e tanto. Não apenas pra elas, mas para nós pais, tios, avós... Mas dá pra diminuir os traumas!

Sabe aqueles produtos que compramos e muitas vezes passam do prazo de validade na geladeira e o armário porque os pequenos pedem mas não comem? Então, isso pode ser minimizado e melhorado...

A primeira coisa a se fazer é conversar com o pequeno e explicar que tudo tem que ser feito sem desperdício, pois o desperdício faz com que deixemos de ter o que queremos em uma oportunidade futura e com muita atenção aos preços, pois ela, a criança, é inteiramente “responsável” por aquelas compras.

Pode parecer que não, mas permitir que a criança coloque suas comprinhas no carrinho de supermercado só pra ela, é mais benéfico do que dividir com o adulto, desde que as dicas acima tenham sido previamente estabelecidas. Isso porque a criança, ao se deparar com a responsabilidade de colaborar com o bom andamento da casa, no que diz respeito à sua alimentação e à economia familiar, vai ser mais receptiva aos conselhos do adulto.

Na hora de pagar deixe que a criança participe, sabendo qual o valor que ela gastou na compra atual, e se policiando para que na próxima compre apenas o estritamente necessário, sem desperdícios. Será possível notar que até o consumo das guloseimas compradas será maior.

Se você conhece alguma criança que:
- Pede muitas coisas e não come a metade;
- Tem mania de pedir tudo o que vê pela frente sem se preocupar com o preço;
- E faz o maior escândalo quando não tem o que deseja...

Tente seguir essas dicas simples e veja como muitos outros aspectos na vida da criança serão alterados.

Por hoje é só... Boas compras!!

Cibele Lima posta todas as sextas-feiras na coluna Criança, que esta semana atrasou um pouquinho....

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Do seu jeito


Já faz algum tempo que se multiplicaram nas praças de alimentação dos shoppings um tipo de fast food em que o cliente é o chef, é quem escolhe os ingredientes que vão compor o prato.

Desde 1999 no mercado, a casa de massas Spoleto é uma das pioneiras nesse ramo. Eles oferecem opções para todos os bolsos e estômagos.

Há uma lista enorme com ingredientes de todos os tipos, o cliente escolhe se quer massa (de todos os tipos), risoto ou salada e acrescenta um número específico de ingredientes dependendo do pacote que comprou.

Por exemplo, ele escolhe uma lasanha e acrescenta mais 8 ingredientes a ela mais uma concha do molho que escolher.Há pratos de todos os tamanhos, o Bambini, que só leva 4 ingredientes e uma concha de molho, e o Prato da Mamma, com 2 conchas de molho mais 10 ingredientes, além do tamanho padrão.

Para as crianças oferecem o kit com brinquedo e para os adultos todo dia 29 fazem o ritual do gnocchi (nhoc), a famosa simpatia de colocar uma nota de um Dólar sob o prato e fazer pedidos, quando o cliente leva junto com o prato e a bebida uma nota da moeda americana (claro com preço incluído). Às sobremesas inclui um saboroso Ravióli de chocolate.

Da mesma forma a Subway, franquia americana que se espalha cada vez mais por todo o país, permite que o cliente monte o próprio sanduíche, escolhendo desde o pão até o molho a ser colocado. Os tamanhos são variados, mas he um limite de cada tipo de ingrediente a ser colocado no pão, para aumenta-lo, é claro, é preciso pagar mais.Mesmo assim vale a pena experimentar, além de ter a sua cara ainda é mais saudável que os hambúrgueres, carros chefes dos fast foods.

Muitas outras lojas brasileiras oferecem a opção de criação ao cliente. O mais legal é que é do seu jeito, não é preciso pedir o “Especial para você”. Além disso, pode ser um treino para ousar na mistura de ingredientes e encarar a cozinha de casa de vez em quando.

Bom apetite!!!

sites:
http://www.spoleto.com.br
http://world.subway.com/Countries/frmMainPage.aspx?CC=BRA

Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Gostinho de sedução


Comer nos proporciona sensações indescritíveis. Um simples prato de espaguete ou uma lasca de chocolate são capazes de conduzir qualquer um aos caminhos inimagináveis..

Assim como estes, alguns alimentos são capazes de conduzir não apenas a mente, mas também o corpo a caminhos antes nunca sonhados. Estes são os alimentos afrodisíacos...

Frutos de muitas curiosidade e várias lendas, vários já tiveram sua eficácia testada pela ciência, embora o "poder" que lhes sejam atribuídos nunca tenham sido cientificamente comprovados.

Mesmo assim, quitutes como amendoim, gemada ou gengibre figuram no saber popular como "afrodisíacos", capazes de animar a festa quando não há o que comemorar...

Os alimentos afrodisíacos fazem parte da cultura popular há milhares de anos e têm suas "celebridades" como o ovo de codorna. Rico em proteínas e com eficácia cientificamente comprovada, essa pequena especiaria é tão popular que já fez parte até de uma canção de Alceu Valença: "Eu quero ovo de codorna para comer/o meu problema ele tem que resolver!"
Outro destaque nesta culinária são os frutos do mar, em especial as outras, que contém vitaminas e minerais, como o zinco.

Considerado por muitos como o "néctar dos deuses", o chocolate também integra esta lista, em boa parte por causa do "hormônio da felicidade" que é liberado após seu consumo. Uma combinação possível seria a de chocolate com pimenta, visto que a pimenta também possui "habilidades estimulativas"...

Mas, dentre todos os alimentos afrodisíacos, o mais inusitado é o álcool. Segundo a crença, consumir um pouco de álcool pode realmente ser sinônimo de felicidade garantida...

Verdade ou mito, o fato é que os alimentos afrodisíacos fazem parte da cultura humana desde a antigüidade, e sempre despertaram a curiosidade de todos.

Afinal, mesmo poucos tendo coragem de admitir, muitos já tiveram ou têm vontade de provar misturas como catuaba com amendoim ou uma não tão convidativa gemada com gengibre e deixar-se conduzir onde apenas a imaginação esteve..

Aos que gostaram do assunto, e desejam conhecer mais, aí vai uma dica de site:www.gastronomias.com. Apreciem com moderação....

Rosangela Sousa posta todas as quartas-feiras na coluna Curiosidades, mas esta semana está bem atrasada. Graças a Stalin....





terça-feira, 10 de abril de 2007

Compulsão!!!



Quem nunca teve um comportamento compulsivo que jogue a primeira pedra. Podemos manisfestar esse estado em diveras áreas de nossa vida, aqui tratarei da que especificamente me atinge a Compulsão Alimentar.

Você já comeu além da sua fome? Tentando preencher um vazio que nunca acaba? Pois é tome cuidado, você tem deixado sua carencia e baixa-estima manipularem diretamente a sua alimentação. Ahh sim e essa compulsão não é o famoso pecado capital gula não, vai bem além disso.

Normalmente você se empanturra de comida, de uma forma rápida e não sente prazer em comer, mesmo quando o alimento é desejável. Pessoas que lutam ou lutaram contra a balança por muito tempo costumam apresentar esse e eoutros disturbios alimentares.

Mas calma people!!!! Há cura e controle para sanar essa ansiedade!!!!!
Logicamenet depende do grau de compulsão de cada um, mas os tratamentos vão desde o próprio reconhecimento do problema até a passagem por psicologos e nutricionistas.

Para saber mais:
*http://ajudaemocional.tripod.com/rep/id20.html
*http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/atu1_07.htm

Por Jéssica Santos

Jéssica Santos posta na coluna Saúde e Nutrição todas as terças-feiras.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Vive la grand-chère!


A culinária francesa é famosa por ser historicamente a mais refinada do mundo. Mas em se tratando de literatura as coisas não são bem assim. Uma de suas primeiras grandes obras literárias, Gargantua de Rabelais, mostra um outro lado da gastronomia do país.

A obra foi publicada provavelmente entre 1534 ou 1535 e foi uma das percussoras do Humanismo. François Rabelais era um padre que abandonou os votos e foi se dedicar à medicina. Daí a sua preocupação com o que era material, diferindo da cultura católica da Idade Média.

Gargantua conta a história da vida do gigante Gargantua, e de como ele vence a guerra contra os inimigos de seu pai. Mas nas entre linhas, a história é permeada por um rompimento com o pensamento medieval, valorizando o estudo universitário, a cultura greco-latina e, sobretudo as tradições populares.

As personagens realizam ações que antes estavam fora do decoro. O profano ganha espaço na literatura. Assim as pessoas, comem muito, bebem muito e vivem fazendo festas. É uma comilança: la grand-chère! Era o homem abandonando as obrigações religiosas e se dedicando ao culto ao prazer.

O crítico literário Mikhail Bakhtin define a obra de Rabelais como uma carnavalização, onde as ordens sociais e morais se invertem. Sua obra, que foi censurada na época, foi muito importante para a constituição da literatura moderna, mas para a felicidade de muitos, não influenciou o glamour do menu francês.

Livia Lima posta todas as segundas-feiras na coluna Cultura

domingo, 8 de abril de 2007

Feijoada....


Os elementos componentes
De um saboroso refogado
Tais: cebolas, tomates, dentes
De alho – e o que mais for azado

Tudo picado desde cedo
De feição a sempre evitar
Qualquer contato mais... vulgar
Às nossas nobres mãos de aedo

Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão

De carne-seca suculenta
Gordos paios, nédio toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)

Enquanto ao lado, em fogo brando
Desmilingüindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso

E – atenção! – segredo modesto
Mas meu, no tocante à feijoada:
Uma língua fresca pelada
Posta a cozer com todo o resto.

Trechos extraídos do poema Feijoada à minha moda, de Vinícius de Moraes.

A coluna Viagens na Maionese é postada todos os domingos

sábado, 7 de abril de 2007

NEM OS OVOS DE PÁSCOA ESCAPAM DOS ALTOS IMPOSTOS NO BRASIL


Especial Semana do Chocolate

É minha gente... Páscoa é mesmo uma época deliciosa. No domingo de Páscoa, há, ao menos no Brasil, a tradição de toda a família se reunir na casa de um parente para comemorar a data.

O almoço movido sobretudo a uma bacalhoada daquelas muito das gostosas, que você praticamente só saboreia nesta época do ano, disputa lugar de importância com o momento mais esperado: a troca dos ovos de Páscoa.

As crianças se divertem e aguardam ansiosas a hora em que o titio ou titia lhes dará o ovo. E esses, muito dos corujas, não medem esforços para alegrar aos sobrinhos: compram, se necessário, os ovos mais caros da prateleira. Há ainda o agrado a ser feito aos irmãos, aos pais, aos namorados, vizinhos mais chegados...mas uma coisa é certa: o gasto virá!!! (e olhe que eu nem falei ainda dos ovos de Páscoa comprados para consumo próprio).

Mas... você sabia que os impostos sobre a venda dessas delícias são altíssimos no nosso país? O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgou no dia 27/03 que em todos os artigos que levam chocolate, os impostos são de 38%. Só para tentar traduzir um pouco, se você comprou algo por R$ 20,00, essa taxa (embutida no valor) foi de R$ 7,60.

O produto que lidera o ranking das maiores taxas de imposto pagas são os ovos de Páscoa. Sobre eles, essa taxa é de 39,2%.

E ainda, segundo a Fundação PROCON de São Paulo, os ovos de Páscoa este ano, comparados ao mesmo período de 2006, tiveram um aumento de 3,14%. Bom, só pra piorar o seu apetite pascal, você sabia que sobre os bombons essa taxa é de 38,8%? Calma... você e seu bolso ainda têm muito a reclamar: a colomba pascal com gotas de chocolate, tem 38,7% de tributos embutidos, e a colomba pascal sem as gotas, 36%.

Bem... eu não quero tornar nem a sua e nem a minha Páscoa mais indigesta, com altos valores vindo à cabeça a todo momento em que o mais indicado (entenda como “o mais gostoso”) é deliciar-se com todo o chocolate que estiver à disposição.

Entre nos sites abaixo e confira você próprio o quanto de imposto é pago num almoço de Páscoa com vinho e peixes em geral... ou sobre aquela embalagem especial que você faz com tanto carinho para alguém com papel celofane, fitas para enfeite, ou sobre o coelhinho de pelúcia. Além disso, compare preços de diferentes cadeias de supermercados nas cinco regiões paulistanas.

Enquanto ninguém se lembrar do verdadeiro significado da Páscoa, o renascimento de Cristo, o comércio será eternamente grato a todos nós!!!

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/03/27/295098995.asp

http://www.procon.sp.gov.br/categoria.asp?id=564

http://www.procon.sp.gov.br/pdf/pesquisa_ovo_de_pascoa_2007.pdf

Elena Oliveira posta todos os sábados na Coluna Brasil

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Coelhinho legal e batuta, tem chocolate aí que sirva prá mim?


Especial Semana do Chocolate

Ovos de chocolate????? Mas quem disse que eu posso comer esse chocolate?

As crianças são o principal alvo das propagandas nesta época, principalmente com ovos gigantes de páscoa, com todo aquele colorido e, claro, as surpresinhas que tem dentro dos ovos.

Mas você já ouviu falar de crianças com doença celíacas, fenilcetonúria e intolerancia a lactose? A última é mais conhecida pela maioria das pessoas, ela é causada pela deficiência ou ausência da enzima lactase, reponsável por processar a lactose transformando esse açucar do leite em carboidratos mais simples.

Doença celíaca é a intolerância ao glutén e o único tratamento possível até hoje é a dieta insenta de glutén. E a menos conhecida é a fenilcetonúria, doença hereditária caracterizada pala falta de uma enzima em maiores e menores proporções que impede ao organismo de metabolizar e eliminar o aminoácido fenilalanina.

O excesso desse aminoácido no sangue é tóxico e ataca o sistema nervoso central, podendo causar deficiência mental. Puxa! E o que fazer com essas crianças? Pois é, já pensaram sobre isso. Ainda bem!

A produção de chocolates alternativos tem crescido nas empresas. Utilizando-se soja é possível fazer chocolates para pessoas intolerantes a glúten e lactose, conhecido como "Chocosoy". Com um chocolate 100% vegetal e extrato de soja o produto fica insento de lactose e com alfarroba, uma vagem que resulta numa farinha, o chocolate fica com um sabor similar ao chocolate meio amargo e serve também para crianças que têm alergia ao cacau.

Imagine uma criança ou adolescente que não pode comer nenhum tipo de chocolate. Imaginou? Agora, se apresentarmos um chocolate a base de soja e alfarroba... e nem é preciso dizer que é feito com ingredientes diferentes, o sabor é muito parecido ao do chocolate normal... a vida dessas pessoas estarão muito mais fácil.

Você pode até pensar que é exagero isso tudo.... mas é porque talvez eu e você possamos comer a vontade, nossa inimiga é a balança. Porém, se estivermos impedidos de comer chocolate, a vontade com certeza será maior!

Uma boa páscoa pra você...com muito chocolate...com crianças felizes com seus ovos.... inclusive, e principalmente, as crianças que precisam de seus ovos especiais.
Eita coelhinho batuta esse hien?!!!

Cibele Lima posta todas as sextas-feiras na coluna Criança

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A preço de ouro

Especial Semana do Chocolate

Quem é fanático por chocolates sabe que são finas iguarias, que precisam de trato e ingredientes especiais. Para isso a marca e o valor agregado são fundamentais. Ao notar os cinco quesitos básicos de análise do chocolate entendemos porque. São eles:

-Aparência: a cor deve ser uniforme, com superfície homogênea, sem pontos pretos ou brancas. Essas imperfeições indicam que não está no ponto certo.
-Aroma: não pode ser excessivamente doce, tem que ser leve.
-Tato: o bom chocolate derrete em contato com as mãos.
-Sabor: o cacau deve destacar em relação aos outros ingredientes; o gosto fica na boca por um longo tempo, alguns até meia hora depois.
-Percepção: o bom chocolate derrete na boca e não é arenoso. Ele não forma uma película de gordura na língua, o que acontece com marcas de pior qualidade. Na hora de partir nem estilhaça (sinal que está muito seco), nem é duro demais (sinal que é gorduroso), pelo contrário, é fácil de manusear e quebrar.

São poucas as marcas que desenvolveram técnicas para atingir com perfeição todos esses níveis, e muitas, para abaixar os preços, misturam ingredientes mais baratos que fazem com que o produto perca a qualidade. Por isso, paga-se muito caro para degustar os melhores chocolates do mundo, que vêm de países como Bélgica, França e Suíça.

O chocolate belga lidera o ranking mundial. Com sabor e textura suaves, são feitos com grãos de cacau especiais e avançada tecnologia. Suas marcas mais famosas são Neuhaus e Godiva, Callebaut, Cacao Barry e Pierre Marcolinni. Em segundo lugar vem o famoso chocolate suíço. Suas marcas mais antigas são Kohler, Lindt, Nestlé e Suchard. A Lindt é conhecida no mundo inteiro e seus chocolates já são encontrados em gôndolas de supermercados brasileiros. Na França as grifes mais antigas são Fauchon, La Maison du Chocolat e Menier, e destacam-se pelos sabores originais.

No Brasil é como se estivéssemos na infância da produção de chocolate.Na maioria das vezes o chocolates utilizados nas refinadas doçarias brasileiras são os belgas, suíços, ou a mistura do nacional com eles buscando aperfeiçoar o sabor. Entretanto muitos especialistas trazem do exterior técnicas avançadas de produção. Os chocolatiers são mestres na arte de fazer chocolate, desde o processo de temperagem até a decoração e a cada ano se qualificam mais.

A Kopenhagen, marca que tem franquias pelo país inteiro é um exemplo de sofisticação e bom gosto desde o sabor até a apresentação do produto. No ramo das indústrias do chocolate brasileiro é a melhor. Fora ela temos as chocolaterias artesanais como a Chocolat du Jour e a Saint Phylippe. Essa ultima vai além da inovação em formatos e temas, acrescentando folhas de ouro comestível, ou recheios de pedras preciosas (ou simulções delas feitas em chocolate).

Delícias assim podem custar fortunas, sejam importadas ou não, e transformam os chocolates em alta gastronomia, em arte.

Se no início a iguaria era exclusiva da realeza, hoje as coisas não são muito diferentes. Só muda que a plebe pode degustar parte desse sabor, e se delicia com ele sem imaginar que fica com os restos, pequenos pedaços do precioso “néctar dos deuses”. Enquanto isso, eles se regalam com os finos, bonitos e deliciosos chocolates. Mais uma vez, é a elite que tem maior acesso para defrutar da arte.

Talita Silveira posta todas as quintas-feiras na coluna Gastronomia e está louca pra se deleitar com um delicioso chocolate belga.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Néctar dos deuses....




Especial Semana do Chocolate

Em um domingo qualquer no Império Asteca...

Uma cerimônia de agradecimento pela colheita movimenta toda uma cidade. Todos os membros da comunidade estão presentes. Como forma de agradecimento aos deuses por esse presente, um sacrificío é preparado. Mas nada de cabras, vacas ou ovelhas.

O sacrifício é humano... E, para quem sabe, tornar sua passagem ao outro mundo um pouco mais "agradável", é servida às "oferendas" uma taça de chocolate. Mas não como nós o conhecemos. O tchocolati dos astecas era uma bebida amarga, preparada à base de cacau amassado, água e um pouco de pimenta.

Por mais estranho que possa parecer, durante esse período o chocolate (ou melhor, o cacau), tinha uma importância divina para essa civilização. Tanto que era não só moeda de troca (uma semente de cacau tinha valor maior que uma grama de ouro....) como também sua colheita era agradecida com rituais de sacrifício humano, como o descrito no primeiro parágrafo.

Embora tenha se tornado popular no Império Asteca, o chocolate já era conhecido pelos Maias, que compartilharam com os Astecas sua forma "apimentada" de apreciar o chocolate, considerado por eles como uma iguaria divina. Tanto que, para os Astecas uma das formas para reconhecer o retorno do Deus Quetzalcoat, o mesmo que os "presenteara" com a semente do cacau, seria seu apreço pela bebida.

Inicialmente não muito "agradável" ao nosso paladar, o chocolate passou por algumas "reformulações" após ser levado à Europa pelo navegador espanhol Hernán Cortez.

Alguns monges espanhóis, como forma de amenizar o sabor amargo da bebida original adicionaram mel ou açúcar ao chocolate, além de testá-lo em algumas receitas, que acabaram caindo no gosto não só da família real, como de toda a população européia, para posteriormente se espalhar pelo mundo todo.

Seria o chocolate realmente um presente dos deuses? Sendo presente ou não acho que não custa agradecer não? Gracias Quetzalcoat....

Rosangela Sousa posta todas as quartas-feiras na coluna Curiosidades, e ainda está agradecendo a Quetzalcoat por compartilhar conosco o chocolate...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Chocolate vilão ou moçinho?????


Especial Semana do Chocolate

O estudo dos alimentos e suas consequências no corpo humano são muito mutáveis, a cada dia se descobre um fator a favor ou contra certos alimentos, sem contar que sua utilização vai de um extremo ao outro. As pessoas se perdem no meio desses estudam e sempre tem dúvidas se estão se alimentando corretamente.

Essa semana vamos papear sobre o CHOCOLATE...
Esse néctar dos deuses não é tão prejudicial quanto dizem. Seu consumo nos fornece energia através da gordura e também proteína, muito importante para nós!!! Existem n tipo de chocolates, mas prefiro me ater no nosso conhecido chocolate ao leite.

Encontramos também em sua composição dois importantes nutrientes, como o Fósforo_ principal função de formar e fortalecer os ossos e o Potássio_ muito importante para as contrações musculares e e os impulsos nervosos.

Além de tudo isso, o chocolate quando consumido faz com que o corpo libere endorfina e serotonina, substancias causadores de bem-estar e estimulantes.

Por isso, sim sim é verdade e realmente faz diferença quando procuramos chocolate em momentos de stress e depressão, ele nos ajuda a regular desequilíbrios neurológicos e nos acalma.

Acho que por hoje é só, já que estamos em uma semana de descanso e eu sou filha de Deus e também mereço naum é?

Ministério da saúde adverte: Comam chocolate com moderação e sejam felizes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Jéssica Santos posta todas as terças-feiras na coluna Saúde e Nutrição